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O Dia da África simboliza o enfrentamento do colonialismo europeu


O Dia da África convoca a união em torno de um passado, presente e futuro. Com livros podemos compreender ainda mais o que conecta 54 países tão diversos e sua relevância no século 21.

Em 25 de maio de 1963, representantes de mais de 30 países independentes fundaram a Organização da Unidade Africana para enfrentar o colonialismo e a apropriação das suas riquezas, orquestrados pelo domínio europeu. Hoje, a União Africana é composta por 54 países, e sua fundação reverbera em todo o mundo.

Conheça cinco autores africanos e se conecte com a multiplicidade de culturas, tradições e saberes das Áfricas! Mergulhe na força de sua ancestralidade (e também modernidade) através dos livros. Mama África!


Alain Mabanckou - Congo 

Nasceu em 1966, em Ponta-negra, Congo. Pela Malê, publicou os livros Black Bazar, Copo quebradoMemórias de porco-espinho. Em 2006, recebeu o Prêmio Renaudot por Memórias de porco-espinho. Em 2012, a Academia Francesa concedeu ao autor o Grande Prêmio de Literatura Henri Gal. Humor, ironia e crítica social marcam sua literatura. Entusiasta do encontro entre os povos, Mabanckou defende que as reflexões sobre o presente não sejam ofuscadas por supostas glórias do passado.   


Mohamed Mbougar Sarr - Senegal

Nascido em 1990 no Senegal, com Terra silenciada, ganhou o Prémio Ahmadou Kourouma, na Feira do Livro de Genebra, e o Grande Prémio do Romance Mestiço, na Ilha da Reunião. Homens de Verdade, seu segundo romance, publicado pela Malê no ano passado, ganhou o Prêmio Literário Porte Dorée, em 2018. Com seu livro mais recente, A mais recôndita memória dos homens, ganhou o Goncourt, a mais alta premiação literária da França, em 2021. Com uma escrita ágil e envolvente, Sarr apresenta temas polêmicos como verdade e fundamentalismo, ou homossexualidade e religião


Fatou Diome - Senegal 

Fatou Diome nasceu em 1968 em Niodior, Senegal. Na infância, rejeitava as tarefas domésticas realizadas exclusivamente pelas mulheres para continuar os estudos.  Aos 22 anos, foi morar na França. Estudou Letras na Universidade de Estrasburgo e concluiu o doutorado em Literatura. Pela Malê, publicou o romance O ventre do Atlântico e Os Vigias de Sangomar, no qual aborda a paixão pelo futebol e as questões identitárias e sociais dos imigrantes africanos na França e dos que desejam imigrar para a Europa.


Biyong Djehuty - Camarões

Nascido na cidade de Sombadjeck, em Camarões, Biyong Djehuty é um desenhista autodidata. É o inventor do conceito Kemty, nome dado à animação Afro e que significa "Imagem Negra". Seu trabalho resgata a história de África através de HQs, gênero literário muito acessível aos jovens. Iteru: era uma vez as crianças do Nilo, publicado pela Malê, é um de seus sete títulos sobre a história da África antiga. 


Dany Wambire - Moçambique

Dany Wambire nasceu em Manica, Moçambique. Pela Malê, publicou os livros A mulher sobressalente e A adubada fecundidade e outros contos, assim como participou da antologia de contos Do Índico e do Atlântico. É mestre em Comunicação e licenciado em Ensino de História. Atualmente, é professor na Beira. Embora as personagens sejam homens e mulheres com destinos malfadados, trazendo à tona o peso da memória de uma sociedade que oscila entre o passado e o futuro, não há como o leitor deixar de sentir o nó na garganta a cada desfecho de suas narrativas.  


Neste Dia da África, conheça mais e reflita sobre o continente, berço da humanidade e caminho de seu futuro. Entre seus infindáveis já traçados, por lá se produz uma literatura complexa, diversa que nos leva a uma instigante malha social. África são Áfricas, no plural.


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